Eai viajante! Se você está buscando um destino africano autêntico e cheio de aventuras, o Zimbábue é o lugar perfeito para você! Passamos alguns dias em Victoria Falls e neste post, vamos compartilhar o nosso roteiro pelo Zimbábue, incluindo dicas de hospedagem, transporte e atividades.
EXPLORE O CONTEÚDO
SOBRE O ZIMBÁBUE
O Zimbábue, um país sem litoral no sul da África, faz fronteira com a Zâmbia, Moçambique, África do Sul e Botsuana. Com uma população de cerca de 16 milhões de habitantes, o país é conhecido por sua rica diversidade cultural e histórica.
A capital do Zimbábue é Harare, no nordeste do país mas os principais atrativos turísticos ficam na região de Victoria Falls a na divisa com a Zâmbia, Botsuana e Namíbia.
O Zimbábue é um destino ideal para quem busca aventuras na natureza, contato com a cultura local e a oportunidade de conhecer um dos países mais ricos em história e biodiversidade da África. Além disso, a proximidade com outras fronteiras permite combinar o roteiro pelo Zimbábue com outros países.
No nosso caso, chegamos no país vindo da Namibia para iniciar um roteiro de 7 dias que incluiu Zimbábue e Botsuana.
QUANDO IR PARA O ZIMBÁBUE
A escolha da melhor época para visitar o Zimbábue, especialmente a região das Cataratas Vitória, dependerá muito do que você busca em sua viagem. O país oferece experiências distintas ao longo do ano, cada uma com suas particularidades.
Durante o período seco que vai de Maio a Outubro, é o período de alta temporada no país. Por outro lado, o clima é mais ameno (e frio durante a noite) e o volume de água nas cataratas é menor, permitindo uma melhor visualização das quedas d’água.
Nós visitamos as Cataratas Victoria em Maio e realmente a quantidade de água é tão grande que formam-se grandes nuvens de água. Na época mais chuvosa (entre Novembro e Abril), com volume maior, essas nuvens podem bloquear a vista das cataratas.
Durante o inverno (periodo seco) os animais também ficam próximos das poucas poças d’água perenes facilitando assim o encontro desses animais.
Durante o periodo de chuva (que vai de Novembro a Abril) os animais não precisam procurar as poças já que a água é mais abundante.
A melhor época para visitar o Zimbábue é mesmo durante o período seco. A única vantagem de visitar o país na época de chuvas é poder encontrar preços mais baratos por se tratar de baixa temporada.
COMO CHEGAR NO ZIMBÁBUE
Para quem vai conhecer as cataratas de Victoria Falls, o aeroporto mais próximo é justamente o que fica perto da cidade. Outras alternativas são descer no aeroporto de Livingstone (na Zãmbia) ou de Kasane (na Botsuana). Os preços das passagens podem oscilar bastante entre essas 3 cidades então vale a pena pesquisar bastante antes de fechar a logística.
Mas lembre-se de considerar o processo de imigração nas fronteiras antes de comprar passagem principalmente se você pretende atravessar a fronteira para ir embora de avião.
Para ir do aeroporto até a cidade de Vic Falls você pode contratar um transfer antecipadamente.
O Parque Nacional Hwange, outra atração turística no país, fica a 1h30 de Victoria Falls.
No mapa abaixo você vai encontrar os principais pontos de interesse mencionados aqui nesse post e também o nosso roteiro completo que incluiu a Botsuana. Você pode clicar no botão do lado superior direito do mapa, abrir e salvar ele no seu celular!
COMO SE DESLOCAR NO PAÍS
Apesar de ser um pais extenso, as atrações turisticas do Zimbábue estão concentradas principalmente na região noroeste do país.
Assim, é possível montar um roteiro legal sem muito tempo de deslocamento entre as atividades. Nós contratamos uma agência para fazer nosso roteiro entre Zimbábue e Botsuana. Porém, é possível se deslocar por conta própria.
Alugue carro de passeio
Você pode alugar um carro tradicional de passeio para transitar pelo país. Para essa opção, gosto muito de pesquisar as opções de carros pelo site da RentCars.
Lembrando que a direção no Zimbábue é na mão inglesa. No início pode parecer estranho, mas depois de alguns km rodados a gente se acostuma a dirigir do outro lado do volante e da estrada.
As principais rodovias que cortam o país são asfaltadas e de pista única, mas é comum encontrar estradas de ripio para trechos mais remotos. A vantagem é que o país é majoritariamente plano e o movimento das estradas é bem baixo.
Aluguel carro 4×4 (com ou sem camping)
Uma opção muito comum em diversos países do sul da áfrica é se deslocar com um carro 4×4. Essa opção permite explorar regiões mais remotas e em alguns casos fazer safaris por conta própria em parques nacionais e reservas privadas.
Na Namíbia nós alugamos um carro 4×4 com todo equipamento de camping para conhecer o país e foi uma experiência bem legal e enriquecedora.
Pacote de roteiros guiados
Por fim, pra quem não quer dirigir por conta própria pelo país, pode contratar uma agência com roteiro e guia.
Nesse modelo, você pode optar por um roteiro com pernoites em lodges e chalés ou em campings. Como por exemplo esse roteiro de 5 dias com base em Victoria Falls que incluir dias na Zâmbia e na Botsuana.
Pacote de Overlands
Também é muito comum nessa região da áfrica os tours de Overlands, que são grandes caminhões adaptados para esse tipo de roteiro.
Esses roteiros podem durar de 7 a 30 dias e podem incluir diversos paises além do Zimbábue como por exemplo a Zãmbia, Botsuana, Namíbia e África do Sul.
ONDE E COMO FICAR HOSPEDADO NO ZIMBÁBUE
A cidade de Victoria Falls é relativamente pequena e os principais lodges ficam na parte norte da cidade. Nós ficamos hospedados no Nguni Lodge, que tem uma ótima estrutura, quartos amplos e piscina.
Outras opções similares são o Dzimbahwe Guest Lodge e o Bayete Guest Lodge.
Para uma hospedagem mais em conta tem o Victoria Falls Backpackers Lodge com possibilidade de tenda para duas pessoas ou de camas em quarto compartilhados.
Lembrando que Vic Falls pode servir de base para um roteiro completo pela região. Você pode fazer passeios de bate e volta para Zãmbia, Botsuana e o Parque Nacional Hwange por exemplo.
DOCUMENTOS, VISTOS, DINHEIRO E SEGURO VIAGEM
Para viajar para o Zimbábue, você precisará dos seguintes documentos:
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- Passaporte válido: Certifique-se de que seu passaporte tenha pelo menos seis meses de validade após a data de retorno e tenha pelo menos três páginas em branco para os carimbos de entrada e saída. É necessário ter uma passagem de retorno válida também.
- Visto: Brasileiros não precisam de visto para turismo por até 2 semanas. O valor do visto é de 30 USD por pessoa para entrada única e precisa ser pago em dólares americanos. Recomendo levar o dinheiro trocado para não ter problema com o pagamento.
- Direção: Podemos usar sua carteira de motorista brasileira (CNH) por até 90 dias. A principio não é preciso ter a PID para dirigir no país.
Como levar dinheiro para Zimbábue
Costumamos ter alguns pré conceitos ao viajar para países distantes e desconhecidos, mas a verdade é que o Zimbábue me surpreendeu na parte financeira. Pagamos hotéis, passeios e restaurantes com cartão de débito da Wise.
Além disso, o dólar americano é amplamente aceito no país. Só recomendo ficar atento a cotação de conversão das despesas para não pagar mais do que o necessário.
Foram raríssimos os casos em que a gente precisou pagar com Dólar Zimbabuano (moeda local). O ideal é ter algum trocado em moeda local para pagamento de gorjetas. Mas mesmo assim para esses casos nós usamos o limite de 1400 reais de saques mensais que a Wise oferece.
De qualquer forma, por segurança, é bom levar alguns dólares americanos ou euros para trocar em casos de emergência.
Cartões de crédito também são bem aceitos, mas o valor do câmbio + IOF acaba deixando a viagem bem mais cara.
Seguro Viagem para o Zimbábue
Fundamental contratar um seguro viagem decente pra uma viagem internacional, principalmente para um país tão remoto quanto o Zimbábue.
Nós pesquisamos e contratamos nosso seguro pela plataforma da Real Seguro Viagem. O melhor de tudo é que clicando nesse link aqui tem um desconto automático de 10% usando o cupom MAPADEVIAJANTE !!
Vacinas e Malária
Apesar de ser oficialmente obrigatório, o certificado internacional de vacina contra Febre Amarela não foi solicitado quando passamos pela imigração do Zimbábue. De qualquer forma, é fundamental ter o documento em mãos para não ter problemas na entrada ao pais.
Várias regiões do sul da África são lugares de risco de Malária. A malária é uma doença causada por um parasita transmitido por um mosquito. Os sintomas incluem febre, suores, calafrios, náuseas, vômitos, dor de cabeça e fraqueza.
Nós consultamos alguns médicos antes da viagem para saber se era necessário tomar algum tipo de remédio mas a recomendação foi a profilaxia preventiva.
Medidas preventivas incluem o uso de repelente (tem alguns bem potentes), proteções nas janelas dos quartos e roupas de manga comprida.
De qualquer forma, não tivemos muito contato com mosquitos durante a viagem, provavelmente por ser periodo seco. Durante o verão (de Janeiro a Março) quando chove mais, os mosquitos estão mais ativos e ai sim vale o cuidado redobrado.
Chip de internet
No Zimbábue eu contratei o serviço de internet da Airalo com o e-sim para 7 dias. Funcionou bem nos dias em que estivemos no país e saiu mais barato do que os chips físicos tradicionais que compramos aqui no Brasil.
Os planos das operadores do Brasil também não funcionam bem no país (pelo menos os da Claro e da Vivo).
QUANTO TEMPO FICAR NO ZIMBÁBUE
Nosso roteiro no Zimbábue foi de apenas 2 noites mas como você pode ver abaixo tem muito mais coisa legal pra fazer por lá.
Acredito que de 4 a 5 noites seja um tempo adequado para conhecer a região de Victória Falls e arredores. Se quiser explorar a Zâmbia e Botsuana usando Victoria Falls como base recomendo ficar mais tempo.
ROTEIRO PELO ZIMBÁBUE: O QUE FAZER NO PAÍS
Abaixo vou mostrar um roteiro sugerido de 5 dias pelo país, incluindo todas as atividades que fizemos nos 3 dias que passamos em Victoria Falls.
Cataratas de Victoria Falls
Sem duvida alguma o grande atrativo de Victoria Falls, como o próprio nome já diz, são as cataratas Victoria.
Na lingua Tonga, Victoria Falls é Mosi-o-Tunya, que significa fumaça de que troveja. O nome faz sentido ao ver as cataratas de perto. São quedas impressionantes e o volume e força das águas são um espetáculo belo e barulhento.
O ingresso para o parque custa 50 dólares por pessoa e você pode explorar os 16 mirantes que percorrem o lado do Zimbábue. Em alguns mirantes, a força da água faz chover de baixo pra cima.
Você pode só conhecer os mirantes (2 ou 3 horas são suficientes) ou fazer outras tantas atividades que tem dentro do parque, como tirolesa, trilhas e bungee jump. Nesse caso, reserve um dia inteiro para as cataratas.
Existem algumas opções de ingresso que já incluem o parque e tirolesa ou tirolesa e trilha por exemplo.
Para saber mais informações sobre o parque acesse o site oficial das cataratas de Victoria.
Passeio de Helicóptero sobre as Cataratas Victoria
O voo panorâmico de helicóptero sem dúvida oferece uma perspectiva diferente das cataratas Victoria e é uma das atividades mais procuradas no parque. Não é a toa que escutamos o barulho dos helicópteros sobrevoando a cidade e o parque durante praticamente o todo o dia.
O voo tem duração de 15 ou 25 minutos então você pode escolher entre fazer o passeio no mesmo dia da visita aos mirantes ou fazer no dia seguinte.
Se estiver de carro alugado fica até mais fácil encaixar a atividade no seu roteiro. São vários horários de partida durante o dia mas se o seu roteiro for muito apertado eu recomendo reservar o passeio de helicóptero com antecedência.
Rafting pelo Rio Zambeze
No segundo dia em Victoria Falls é hora de se aventurar fazendo o rafting pelo rio Zambeze. Sentimos muito não poder ter feito o rafting na nossa passagem pelo Zimbábue. Com toda certeza deve ser uma baita experiência pra quem curte esportes radicais.
Dá pra reservar de forma antecipada e tem opções com transfer incluso saindo de Victoria Falls ou de Livingstone.
Centrinho Victoria Falls
A atividade de rafting tem duração total entre 4 e 5 horas e acontecem geralmente na parte manhã. Por isso, na parte da tarde, você pode relaxar no hotel ou então ir conhecer o centrinho de Victoria Falls.
Pelas ruas do centrinho você vai encontrar alguns restaurantes, comércios em geral e barracas de artesanato. Pode ser uma boa oportunidade para sacar dinheiro ou comprar algo no mercado.
Passeio de cruzeiro pelo rio Zambeze
Na parte da tarde do segundo dia, recomendo fazer um passeio de barco pelo rio Zambeze. Existem diversas opções de barcos e cruzeiros, alguns são mais simples, outros incluem bebidas e comidinhas e outros, mais caros e luxuosos, incluem jantares.
Mas o horário de saída sempre gira em torno de 16 e 17 horas e percorre o mesmo trecho do rio onde é possível ver hipopótamos, jacarés e diversos pássaros encerrando o dia com um belo pôr-do-sol.
Livingstone e Devil´s Pool na Zâmbia
No terceiro dia você pode atravessar a fronteira entre Zimbábue e Zâmbia e conhecer as cataratas pelo lado vizinho.
Dá pra contratar um passeio guiado que inclui transporte pela fronteira, passeio de barco e guia ou fazer por conta própria se você estiver com carro alugado.
O passeio inclui o passeio de barco até Livingstone Island e a visita a piscina natural Devil´s Pool (ou outra piscina disponível dependendo do volume de água).
Dica de Viajante: Importante lembrar de ter em mãos passaporte válido para passar pela imigração da Zãmbia (e pagar 20 USD de entrada) e também de ter um visto de multiplas entradas para o Zimbábue. Caso contrário, se o visto for de entrada única, vai ter que pagar um novo visto no retorno.
Jantar temático em um Boma
Restaurantes Boma se referem a restaurantes que oferecem pratos típicos no Zimbábue. Alguns, incluem shows e apresentações temáticas da cultura local.
É uma atração bem turística mas bem divertida também, com muita música e comida boa. A carne de gado na África é muito boa e também é uma boa oportunidade para experimentar carnes de caça como por exemplo órix, kudu, zebra e springbok.
Visita ao Chobe na Botsuana
O Chobe National Park fica a uma hora de Victoria Falls, atravessando a fronteira entre o Zimbábue e Botsuana. Apesar de ficar em outro país, recomendo demais fazer o bate e volta que inclui um safari por terra e um pelo rio.
Nós conhecemos o Chobe no nosso roteiro completo de 5 dias pela Botsuana mas pra quem não tem esse tempo o passeio que sai de Vic Falls é uma excelente opção.
Recomendo reservar com a empresa Africa Zim Travel que foi com quem fizemos todo o nosso roteiro pelos dois paises.
Outros destinos e atrações na Zimbábue
No quinto e último dia em Victoria Falls, você pode escolher mais algum esporte radical perto das cataratas, seguir explorando os paises vizinhos, fazer mais safaris ou simplesmente descansar e passear pela cidade.
Abaixo algumas sugestões de atividades para fechar o roteiro de 5 dias pelo Zimbábue:
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- Bate e volta até o Parque Nacional Hwange, um dos maiores parques do Zimbábue.
- Fazer um safari noturno pelo Zambezi Park.
- Pratique Tirolesa Flying Fox (ou Superman) sobre o Rio Zambeze.
- Visitar a capital Harare pode ser uma opção caso faça sentido dentro da sua logística. É um bom lugar para explorar museus, galerias de arte e conhecer mais sobre a arquitetura e história do Zimbábue.
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Bate e volta da Bostuana para Victoria Falls
Pra quem vai estar do outro lado da fronteira, na Botsuana, pode fazer um bate e volta até as cataratas de Victoria Falls saindo de Kasane.
Aqui vale a mesma regra que mencionei mais acima: lembre-se de pedir visto com multiplas entradas se pretende sair e entrar no mesmo país, mesmo que seja no mesmo dia.
O QUE COMER NO ZIMBÁBUE
A culinária do Zimbábue tem sabores que podem ser familiares ao nosso paladar brasileiro, mas também com muitas surpresas, com cortes de carne de caça a temperos bem diferentes. Aqui estão algumas especialidades que você pode experimentar durante sua viagem:
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- Carne de Caça (Game Food): Sempre que você ler o termo “game” em um cardápio significa que é a carne de algum animal selvagem. São cortes de animais como órix, kudu, zebra, springbok e até crocodilo e são comuns nos restaurantes e lodges.
- Carne de Gado: Mas fique tranquilo se você não quer experimentar carnes diferentes. Pois os cortes de carne de gado são excelentes nessa parte da África.
- Sadza: Basicamente uma polenta feita de farinha de milho, o sadza é o acompanhamento perfeito para quase todos os pratos. Sua textura densa e sabor leve fazem dele a base da alimentação zimbabuense.
- Muriwo: Um refogado de vegetais verdes, como espinafre, couve e abóbora, que adiciona cor e nutrientes ao prato.
- Maheu: Uma bebida fermentada feita de milho, com um sabor levemente ácido e refrescante. É muito popular em todo o país.
- Iogurte de Baboá: A árvore milenar também produz um fruto que localmente é usando para engrossar o leite. Você pode encontrar frutos de baboá para vender no centrinho da cidade de Victoria Falls.
- Mopane worms: Sim, isso mesmo, um verme! Larvas de mariposa mopane são consideradas uma iguaria local e são ricas em proteínas. Geralmente são secas e fritas. Eu experimentei e posso garantir que vale SÓ pela experiência!
- Chibuku: Uma cerveja tradicional feita de milho, com um teor alcoólico baixo e um sabor único.
- Boter: Uma pasta feita de amendoim, que é usada como condimento ou como acompanhamento para o sadza.
Lembre-se de que, apesar das diferenças culturais, você encontrará opções mais familiares, como massas, hambúrgueres, pizzas, saladas e sopas nos cardápios locais. Mas nãoi tenha medo de experimentar novos sabores!
Por hoje é isso viajante! Assim, espero que tenha gostado desse post com nosso roteiro pelo Zimbábue! Abaixo mais informações sobre nossa viagem pela Ásia e a nossa planilha de gastos!