Iniciativa do Ministério do Turismo, o Selo Turismo Responsável estabelece diversos protocolos de comportamento, distanciamento social e higiene para 15 segmentos do turismo. Vamos descobrir nesse post tudo sobre esse Selo e como ele pode ajudar na retomada do turismo nacional!
SOBRE SELO TURISMO RESPONSÁVEL
O que é o Selo Turismo Responsável
O selo Turismo Responsável é um programa que estabelece boas práticas de higienização para cada segmento do setor turismo.
O selo é um incentivo para que os consumidores se sintam seguros ao viajar e frequentar locais que cumpram protocolos específicos para a prevenção da Covid-19, posicionando o Brasil como um destino protegido e responsável.
Essa é a primeira etapa do Plano de Retomada do Turismo Brasileiro, coordenado pelo Ministério do Turismo, com o objetivo de diminuir os impactos da pandemia e preparar o setor para um retorno gradual às atividades.
Protocolo para Turistas
Também faz parte do Selo Turismo Responsável um protocolo para Turistas, com diretrizes igualmente importantes para a retomada do turismo doméstico no país.
Os turistas devem, segundo esse protocolo:
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- Ter informações/orientações claras e atualizadas sobre medidas específicas a serem implementadas;
- Evitar cumprimentar com contato físico, incluindo apertar as mãos, tanto de funcionários quanto de outros turistas. A distância de segurança deve ser respeitada sempre que possível;
- Cobrir o nariz e a boca com lenço ou com o braço, e não com as mãos, ao tossir ou espirrar;
- Preferencialmente lavar as mãos com água e sabonete após espirrar, assoar o nariz ou tossir ou, ainda, tocar as superfícies potencialmente contaminados (dinheiro, balcão do estabelecimento, etc.);
- Evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
- Desinfetar com frequência objetos de uso pessoal (copos, celulares, etc.) com água e sabão quando possível ou, quando não for possível, utilizar uma solução desinfetante;
- Não compartilhar equipamentos ou objetos pessoais com outras pessoas;
- Evitar aglomerações;
- Se apresentar algum sinal ou sintoma de Covid-19, evitar contato físico com outras pessoas, principalmente, idosos e doentes crônicos (e comunicar imediatamente a direção do serviço aonde estiver hospedado);
- Evitar tocar em paredes, balcões e outras superfícies;
- Observar se o estabelecimento está cumprindo o protocolo proposto.
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Diretrizes do Selo Turismo Responsável
As diretrizes para adquirir o selo foram divididas em segmentos do setor. Vamos elencar os principais pontos de cada segmento, uma vez que o protocolo completo pode ser conferido no site do Ministério do Turismo.
Os protocolos abaixo são comuns a todos os setores:
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- Assegurar a lavagem e desinfecção das superfícies onde colaboradores e consumidores circulam;
- Promover a medição da temperatura de todos os frequentadores na entrada do estabelecimento;
- Realizar a limpeza, várias vezes ao dia, das superfícies e objetos de utilização comum (por exemplo balcões, interruptores de luz e de elevadores, maçanetas, puxadores de armários);
- Promover a renovação de ar, regularmente, das salas e espaços fechados, abrindo as janelas e portas para passagem da correnteza aérea;
- Disponibilizar álcool a 70% nas formas disponíveis (líquida, gel, spray, espuma ou lenços umedecidos) em locais estratégicos bem como: entrada do estabelecimento, acesso aos elevadores, balcões de atendimento, para uso de clientes e trabalhadores;
- Utilizar lixeiras que não precisem ser abertas manualmente e esvaziá-las várias vezes ao dia;
- Providenciar o controle de acesso, a marcação de lugares reservados aos clientes, o controle da área externa do estabelecimento e a organização das filas para que seja respeitada a distância mínima de 1,5 metros entre as pessoas.
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Meios de Hospedagem
Sem dúvida um dos principais segmentos do setor, os estabelecimentos de hospedagem devem, entre outras coisas:
FRONT OFFICE
- Organizar os balcões das recepções com linha de distanciamento de, no mínimo, 1,5 metros do próximo cliente (esta indicação de 1,5 metros deve estar no piso caso haja fila de espera). Caberá ao estabelecimento orientar as pessoas e manter o distanciamento);
- Os recepcionistas devem usar máscaras ou Face Shield;
- Ao receber o cliente, evite cumprimentos com contato físico como aperto de mão e abraços;
- Estimular, para a segurança de hóspedes e colaboradores, o autosserviço de bagagens e estacionamento, no caso de permanência destes serviços. Principalmente mensageiros e manobristas devem higienizar as mãos após carregar malas e bagagens, bem como, higienizar todos os pontos de contato;
- Intensificar as ações nos canais de comunicação online se possível: no ato da reserva (online) estimular a realização do pré check-in contendo informações cadastrais como na FNRH, anexando dados específicos sobre a saúde do hóspede, ou seja, se o mesmo se enquadra no grupo de risco e se possui plano de saúde, seguro viagem, no caso de emergência a quem deve ser contatado. Estes dados são importantes não só para fins estatísticos do turismo nacional mas, sobretudo, para prevenção do estabelecimento no caso de o hóspede ter algum problema de saúde durante sua estada.
SANITIZAÇÃO DE AMBIENTES E GOVERNANÇA
- Propiciar boa ventilação nos ambientes mantendo portas e janelas abertas e, em caso de ambiente climatizado, realizar a manutenção e limpeza dos aparelhos de ar-condicionado, inclusive filtros e dutos;
- Promover a remoção frequente do lixo de forma a não gerar acúmulo;
- Colocar dispenser de álcool gel 70% próximo às portas de todos os elevadores e locais de entrada e saída de áreas sociais;
- Ao final da estada do hóspede, deverá ser realizada limpeza e desinfecção completa da unidade habitacional e de suas superfícies – antes da entrada de novo hóspede – com produtos de higiene específicos e com protocolos de segurança para o colaborador;
- Deverá ser realizada limpeza e desinfecção completa da unidade habitacional e de suas superfícies antes da entrada de novo hóspede. Caso exista caso suspeito em alguma unidade, o material coletado (resíduo e enxoval) deve ser retirado, identificado e enviado para área suja do abrigo ou da lavanderia para processamento imediato;
- Após o processo de limpeza, desinfetar xícaras, canecas e copos dos quartos com produto definido pela instituição e devidamente registrado na Anvisa;
- Recomenda-se a entrega de kit frigobar no check-in com reposição sob demanda ou, na existência dos itens de frigobar nas unidades habitacionais, recomendação que os mesmos sejam higienizados individualmente e que sejam lacrados para o próximo hóspede;
ALIMENTOS E BEBIDAS
- O serviço de café da manhã deve respeitar o mesmo distanciamento das mesas quando servido em espaços pequenos.
- Estações de buffets só podem ser usadas quando totalmente fechadas, havendo funcionários para servir individualmente os hóspedes;
- Recomenda-se, na reabertura, não deixar a mesa montada para evitar contaminações cruzadas. Isso inclui também copos, xícaras, guardanapos e jogos americanos;
- A mesa deve ser montada na chegada do cliente. Toalhas de mesa devem ser evitadas e, quando houver, utilizar o cobre manchas – retirá-lo após o uso e junto com outros itens de pano acondicionados em um saco plástico e enviados a lavanderia;
- O serviço de room service deve cobrir bandejas, protegendo os alimentos durante o transporte até a unidade habitacional e, ao término das refeições, os utensílios devem ser dispostos do lado de fora do quarto (no corredor, varanda ou do lado da porta) pelo hóspede, para que sejam recolhidos;
Alguns hotéis já tem se adaptado a essas novas diretrizes, como por exemplo esse hotel Belo Horizonte, totalmente adaptado as restrições e políticas de saúde durante a pandemia.
Restaurantes, Bares e Cafeterias
Bares, Restaurantes e Cafeterias também tem um protocolo específico, visto que estão diretamente relacionados ao turismo:
- Os estabelecimentos que dispõem os alimentos em buffet para o autosserviço devem colocar no local onde ficam os pratos e talheres, dispensadores de álcool 70% nas formas disponíveis (líquida, gel, spray, espuma ou lenços umedecidos) e luvas descartáveis (o consumidor não precisa usar luvas);
- Deve ser mantido no início da fila de acesso ao buffet um funcionário para orientar os clientes sobre a conduta necessária;
- As cadeiras/mesas devem ter número suficiente para garantir que a distância de 1,5 metros de distância entre as pessoas seja respeitada;
- Os talheres devem ser disponibilizados de forma descartável ou devem ser lavados e desinfetados a cada uso e colocados separados por pessoa em local que evite a contaminação;
- Incentivar o pagamento por cartão ou outro meio eletrônico, de preferência sem contato (ex: cartões e celulares) evitando, sobretudo, o uso de dinheiro;
Parques Temáticos
O protocolo para parques temáticos é um dos mais extensos do Selo, uma vez que engloba regras de distanciamento social, higiene pessoal, desinfecção de ambientes, comunicação e monitoramento. Nesse sentido, os principais pontos relativos aos parques temáticos são:
- Proporcionar redução imediata da capacidade de visitantes, respeitando o protocolo de distanciamento social;
- Manter fechadas as atrações com interações entre os visitantes, as quais não propiciem condições para manutenção do distanciamento social;
- Garantir a proporção de 0,25 pessoa por metro quadrado nas salas internas, salões, etc.;
- Permitir a entrada de visitantes somente com a utilização de máscaras. A máscara é para uso permanente no parque, exceto quando o visitante está consumindo alimentos, bem como praticando atividades aquáticas;
- Executar anúncios periódicos no sistema de som existente, principalmente alertando sobre o distanciamento social, sobre a antissepsia das mãos e uso constante de máscara;
Parques Temáticos Aquáticos
Segundo o CDC – Center of Disease Control and Preventions, órgão dos Estados Unidos, não há evidências de que o vírus que causa a COVID-19 possa ser transmitido às pessoas através da água em piscinas, banheiras de hidromassagem, spas ou áreas de recreação aquática.
De fato, a operação e manutenção adequada dessas instalações (incluindo desinfecção com cloro e bromo) inativam o vírus na água (fonte: CDC).
Sendo assim, o principal protocolo para os parques aquáticos é o de garantir que as piscinas convencionais utilizem um sistema adequado de filtragem, bem como operação com nível de ocupação abaixo de sua capacidade máxima permitida.
Locadoras de Veículos para Turismo
- No interior das locadoras e no balcão de atendimento: disponibilizar equipamentos dispensadores de álcool a 70% nas formas líquida, gel, spray, espuma ou lenços umedecidos em locais de fácil acesso e visualização;
- Organizar horários de clientes de forma a evitar aglomeração de pessoas e organizar filas, criando condições de todas as pessoas se manterem à distância de 1,5 metros uma da outra.
- Realizar a higienização, com pano e álcool etílico hidratado 70% nas formas – líquida, gel, spray, espuma ou lenços umedecidos – ou outro desinfetante regularizado na ANVISA, dos veículos;
- Os motoristas de vans, além de seguir as determinações anteriores, devem orientar aos cliente, sobretudo para que mantenham distância de outros passageiros, deixando um assento livre entre si;
Boas Práticas para Outros Segmentos de Turismo
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- Casas de Espetáculos;
- Agências de Viagem e Turismo;
- Guias de Turismo;
- Transportadoras Turísticas;
- Organizadoras de Eventos;
- Acampamentos Turísticos;
- Convenção, Feiras e Exposições;
- Marinas e Turismo Náutico;
- Organizadores, promotores e prestadores de serviço do turismo;
- Outros prestadores de serviços;
Como obter o Selo Turismo Responsável
Para ter acesso ao selo, as empresas e guias de turismo precisam estar devidamente inscritos no Cadastur (Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos).
Conclusão sobre o Selo Turismo Responsável
Inegavelmente a criação de um Selo de é uma iniciativa interessante. Certamente o selo tem potencial para ajudar a posicionar o Brasil como destino seguro, além de incentivar a retomada da atividade turística e a atração de turistas nacionais.
Espero também que esse possa ser o primeiro passo para obtermos um selo de qualidade na prestação de serviço para todos os segmentos turísticos. Atualmente, contamos apenas com o suporte de grandes portais de avaliação como por exemplo Trip Advisor, Google, Booking (para hospedagem).
Por outro lado, não fica claro como será a comunicação dos estabelecimentos que obterem o selo. Além disso, o Ministério do Turismo não irá realizar nenhuma fiscalização sobre o cumprimento dos requisitos pelos estabelecimentos.
Ou seja, ficará a critério dos turistas reportar possíveis falhas no seguimento dos protocolos através do portal do Ministério do Turismo. Portanto, existe o risco da iniciativa não vingar, uma vez que esse tipo de monitoramento pode não vingar.
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